sábado, 1 de julho de 2000

Visitas da Biblioteca Itinerante Calouste Gulbenkian

 
Hoje trago à memória a Biblioteca Itinerante, da Fundação Calouste Gulbenkian, que durante muitos anos percorreu o país de lés-a-lés, especialmente em aldeias onde o acesso aos livros e à leitura era inexistente.
Não pretendo aqui fazer a história deste fantástico serviço, até porque há locais onde isso já é feito, como neste sítio, por exemplo, e pela Internet não faltam referências ao mesmo. Apenas de referir que o serviço foi criado pelo administrador da Fundação, Branquinho da Fonseca, em 1958.
O que quero recordar de modo especial é que a visita da Biblioteca Itinerante ao largo da minha aldeia acontecia uma vez por mês, sempre num dia certo, que agora não recordo, mas tenho ideia de ser a uma quarta-feira, sempre a meio da tarde, e que eu frequentei durante toda a década de 70. Sei que depois continuou por mais alguns anos, acabando por terminar talvez no início dos anos 80.
São inesquecíveis as recordações da chegada da Biblioteca Itinerante, com a sua carrinha enigmática, o modelo Citroen , que só por si irradiava uma magia fascinante. A que vinha ao largo da minha aldeia era de cor verde velho . Tinha duas portas na parte traseira que se abriam de par-em-par e uma parte superior que abria para cima, para dar acesso ao fantástico mundo dos livros da leitura e do fascínio das histórias e das imagens.