segunda-feira, 23 de maio de 2011

Hotel em Penamacor

Hotel vai representar investimento de 6,3 M€ em Penamacor
Um hotel com 50 quartos e 102 camas vai ser construído no concelho de Penamacor, por iniciativa da Malcatur, sociedade que integra a Câmara Municipal local e a empresa de gestão de complexos urbanísticos Martep, de Pombal. O investimento deverá rondar os 6,3 milhões de euros, beneficiando do apoio do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), num montante superior a três milhões de euros no âmbito do Programa Operacional Factores de Competitividade. O contrato para a construção da unidade - a construir na Quinta do Cafalado, junto à estrada que liga Penamacor a Aldeia do Bispo - deverá ser assinado dentro de duas semanas e a infra-estrutura, que ficará classificada com três estrelas, deverá criar 18 postos de trabalho directos. O presidente da Câmara Municipal de Penamacor, Domingos Torrão (PS), diz que o empreendimento "pode ser uma mola impulsionadora do desenvolvimento sustentável do concelho", relacionando o investimento com a promoção da Reserva da Malcata, da Barragem de Meimoa, dos produtos tradicionais, das Termas de Águas e do turismo ligado à caça. O concurso da obra, de acordo com o previsto, avançará logo após a assinatura do contrato e tem um prazo de execução de dois anos. Jorge Patrão, presidente do Turismo da Serra da Estrela, considera que "o projecto será importante para a competitividade da região, que, na última década, tem vindo a crescer no número de dormidas". No final da década de 1990 registavam-se 150 mil dormidas anuais na então Região de Turismo da Serra da Estrela. Em 2008 já foram cerca de 500 mil. Diário Digital / Lusa   ---------------- " ---------------------------------------------------
Hotel no Cafalado garantido 
  O hotel, com três estrelas, criará cerca de 18 postos de trabalhos directos e vai ter 102 camas

Vai chamar-se Malcata ou Terras do Lince o primeiro hotel de Penamacor a ser construído na Quinta do Cafalado. O projecto teve luz verde do Programa Operacional de Factores de Competitividade, com um apoio de três milhões e 300 mil euros, num investimento que se totaliza em seis milhões de euros.
A empresa detentora do empreendimento e que vai levar a efeito o investimento para a implantação do hotel na Quinta do Cafalado é a Malcatur – Empreendimentos Turísticos e Hoteleiros Lda, na qualidade de proprietária, realizando a obra num terreno com uma área de cerca de 39 mil metros quadrados. A sociedade é constituída em capitais pela Câmara de Penamacor (com 49 por cento do capital social) e a empresa Martep (com os restantes 51 por cento).
"É um projecto que perseguimos há cinco ou seis anos, mas estão agora reunidas as condições, com a aprovação do projecto e o financiamento assegurado, para o levarmos por diante", assegura Domingos Torrão, presidente da Câmara de Penamacor. 
 In GAZETA DO INTERIOR -------------------------------------------------

Oposição diz que hotel de Penamacor “é um caso de polícia”

António Bento fala em “suspeita de vigarice” no processo e pede provas do trabalho da sociedade responsável pela construção. Domingos Torrão diz que a empresa já paga impostos e continua a acreditar no projecto.
7 de Maio de 2009 às 16:40hO presidente da Câmara Municipal de Penamacor diz que há gente no concelho “prontinha a bater palmas” se o projecto do hotel não avançar. Domingos Torrão fez esta afirmação depois de António Bento ter voltado a pedir esclarecimentos em relação à constituição da sociedade, para a construção de um hotel, no espaço conhecido como dois castelos, junto à estrada que liga a vila a Aldeia do Bispo. O membro da bancada da Coligação Todos por Penamacor (PSD, CDS-PP e Partido da Terra) acusou mais uma vez o presidente da câmara de Penamacor de não responder aos pedidos de esclarecimento da oposição. Apesar dos requerimentos apresentados por diversas vezes, António Bento diz que a oposição continua sem ter acesso a cópias de reuniões da sociedade Malcatur, comprovativos da eleição dos corpos sociais, localização da sede, actas das reuniões ou situação fiscal. A oposição exigiu ainda comprovativos dos depósitos bancários, nomeadamente para saber o que é feito do dinheiro aplicado na constituição da sociedade. A Malcatur nasceu em 2004 da parceria entre os privados da Martep e a Câmara Municipal de Penamacor. A autarquia é sócia minoritária, tendo entrado na parceria com os terrenos para a unidade hoteleira, no valor de 220 mil euros. De acordo com a escritura - fornecida pela autarquia e citada pela oposição - a Martep teria de depositar 114 mil euros dias depois da constituição. A outra metade do capital social da responsabilidade do investidor privado teria de dar entrada no banco em Junho de 2006. É neste aspecto que António Bento levanta dúvidas. O membro da oposição diz que Torrão garantiu numa das últimas interpelações que o restante valor seria entregue aquando da aprovação do projecto, o que segundo António Bento é uma clara contradição em relação ao que está na escritura. Por esta e outras razões, Bento diz que a situação do hotel “é um caso de polícia, a necessitar de investigação pela Policia Judiciária e do Ministério Público”, chegando mesmo a afirmar que o processo está envolto em “suspeita de vigarice”. Domingos Torrão considera as críticas da oposição injustas e acusa-a de criar uma má imagem do concelho aos olhos dos investidores privados, podendo mesmo afastar estes. O presidente da Câmara Municipal de Penamacor lembra que há projecto e aprovação do Ministério da Economia, mas o processo está suspenso na expectativa de comparticipação financeira. “Quem é que é o privado que quer investir sete milhões se não houver as respectivas ajudas e comparticipações comunitárias?”, perguntou Domingos Torrão. E acrescenta que apesar da espera “continuamos a contar com a disponibilidade dos parceiros para que o hotel seja uma realidade”. As previsões iniciais para a conclusão das obras já foram ultrapassadas, mas ainda não há trabalhos no terreno. Mesmo assim o autarca penamacorense diz-se determinado na construção do hotel. “Continuo a acreditar piamente nessa necessidade que é fundamental para o concelho de Penamacor e não é assim que lá chegaremos”, diz em resposta às dúvidas da oposição. Domingos Torrão responde às suspeitas de irregularidades afirmando que aguarda tranquilamente o resultado da inspecção que a Direcção Geral das Autarquias Locais fez à câmara e lamenta que apesar de a sociedade Malcatur “ser uma empresa sem actividade” já paga impostos “o que é mais caricato”. António Bento diz que Domingos Torrão não respondeu às dúvidas por ele levantadas e assim promete continuar a insistir no caso.

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