quarta-feira, 6 de abril de 2011

José Manuel Landeiro



“José Manuel Landeiro realizou, sem prémios, sem benesses, sem quaisquer estímulos materiais o que a portaria de 8 de Novembro de 1847 e o decreto de 7 de Julho de 1909 não lograram conseguir. Ordenava a primeira que em cada uma das Câmaras Municipais do continente e ilhas adjacentes houvesse um livro especial com a designação de Anais do Município e no qual anualmente se consignassem os acontecimentos e os factos mais importantes que ocorressem, e cuja memória fosse digna de conservar–se; e bem assim as descobertas de riquezas, de substâncias e combustíveis minerais; o aumento ou na diminuição da produção agrícola e suas causas; a longevidade das pessoas de que houvesse notícia, com a declaração do modo de vida que tivessem e do seu alimento habitual; as acções generosas e os nomes dos seus autores que merecessem ser transmitidas às gerações futuras e, finalmente, tudo quanto pudesse interessar as tradições locais! O decreto de 7 de Julho de 1909 instituía um concurso anual de monografias de freguesias rurais com prémios de 200$000, 100$000 e 50$000 réis (valor apreciável para a época) além da publicação gratuita no Boletim da Direcção Geral de Agricultura, com oferta de 25 separatas. Os resultados da primeira, segundo apurou o abade de Tagilde, por inquérito que fez em 1908, foram estes: 7 municípios adquiriram o livro e nomearam a comissão que devia elaborar os Anais, e 120 nada realizaram nem deram resposta ao inquiridor”. Nestes termos se referia a Jaime Lopes Dias, ao nosso ilustre biografado, corria o ano de 1938, prefaciando a sua obra “O Concelho de Penamacor na História, na Tradição e na Lenda”.
Nascido em Aldeia do Bispo há 109 anos, mais precisamente no dia 23 de Fevereiro de 1905, era descendente de Maria Borges e José Landeiro. Fez estudos no seminário do Fundão e no Liceu Gil Vicente, completando o curso do magistério primário na Escola Normal de Coimbra. Iniciou a sua vida de docente na escola primária de Portomar, concelho de Mira, distrito de Coimbra, onde permaneceu até 1934, ano em que transitou para a escola de Águas, já no concelho de Penamacor e, dois anos depois para a escola da sede de concelho. Catorze anos volvidos, em 1950, instala-se no Montijo onde permaneceu até à sua morte a 25 de Maio de 1973, faz este ano trinta e seis anos."
in : http://sites.google.com/site/800anospenamacor/personalidade-2
ver :
Memória de um educador
Ver : http://web.letras.up.pt/aphes29/data/8th/HelderHenriques_Texto2.pdf

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